(ANSA) - O número de mortos em um naufrágio na costa da cidade italiana de Cutro, na região da Calábria, subiu para 63 nesta segunda-feira (27).
As equipes de resgate encontraram pelo menos três corpos durante os trabalhos. Um deles foi recuperado por um barco patrulha da Guarda Costeira a cerca de 400 metros da costa.
Dezenas de sobreviventes do naufrágio estimaram que a embarcação tinha entre 180 e 250 pessoas a bordo. As autoridades locais afirmam que até 100 indivíduos podem ter falecido.
Entre as vítimas estão várias mulheres e crianças, incluindo um casal de gêmeos e um bebê. Os migrantes que estavam na embarcação eram do Iraque, Irã, Afeganistão e Síria.
O barco não resistiu à força do mar, que estava agitado no momento do naufrágio, e ele se partiu no meio a poucos metros da costa.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) relata que ao menos 26 mil pessoas morreram em naufrágios na última década. Se levarmos em consideração apenas o ano de 2023, mais de 220 migrantes já faleceram.
"O enésimo terrível naufrágio no Mediterrâneo causou a morte de dezenas de pessoas que estavam procurando um futuro melhor para si e para os próprios filhos. Enquanto tiver grupos criminosos controlando a rota migratória, as pessoas continuarão morrendo. Precisamos de percursos seguros, ordenados e legais para migrantes e refugiados", declarou António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (ONU).
Traficantes
A Itália prendeu mais dois suspeitos de serem traficantes de pessoas e que estavam em uma embarcação que naufragou neste domingo (26), informam as autoridades de Crotone.
Até o momento, três foram presos pelo possível crime, incluindo um menor de idade, sendo um turco e dois paquistaneses.
Os três haviam sido levados para o Centro de Solicitantes de Asilo da Ilha Capo Rizzuto, para onde foram após o naufrágio. Nesta segunda-feira (27), foram todos para um presídio. (ANSA)
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