(ANSA) - O comissário de Orçamento da União Europeia, Johannes Hahn, afirmou nesta terça-feira (18) que o bloco está "discutindo com a Itália eventuais outras medidas de financiamento da emergência" com os migrantes.
A afirmação foi dada durante um debate no plenário sobre o dossiê apresentado pelo governo italiano sobre o tema.
"Devemos tratar todos com dignidade e humanidade, [...] mas também com solidariedade para quem gerencia o desembarque, como a Itália. As chegadas aumentaram e, por isso, foi declarado o estado de emergência, que permite que a Itália lide com os desafios que está enfrentando. Mas, ao mesmo tempo, nenhum Estado-membro pode fazer isso sozinho", afirmou no plenário.
Além disso, "no fim do mês, a comissária [do Interior, Ylva] Johansson também irá para a Tunísia para lançar uma parceria", pontuou ainda aos presentes, citando um dos principais países de partida para milhares de migrantes em direção à Itália e, em menor quantidade, a Malta.
Hahn ressaltou a importância desse novo acordo, que visa "trabalhar juntos para prevenir as partidas e as perdas de vidas humanas e aumentar as repatriações, mas também para fornecer alternativas possíveis, como aquela sobre talentos com a Tunísia".
Durante o debate, o comissário ainda cobrou que os demais países-membros do bloco realoquem quem chega ao território italiano. "Apoiamos a Itália como União: nós realocamos 950 pessoas, das quais dois terços da Itália, muitos de Lampedusa.
Queremos que os Estados-membros realoquem mais e de maneira mais rápida", disse ainda.
De acordo com o relatório do Ministério do Interior da Itália atualizado nesta terça-feira, o país recebeu 34.327 pessoas pelo Mar Mediterrâneo em 2023, número quatro vezes maior do que nos dois últimos anos, quando foram 8.642 em 2022 e 8.522 em 2021. (ANSA).