(ANSA) - Poucas horas depois de ver seu partido, o Nova Democracia, vencer as eleições deste domingo (21), o premiê da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, disse à presidente do país, Katerina Sakellaropoulou, que não teria condições de formar uma coalizão e devolveu o mandato exploratório.
Com isso, abriu caminho para uma nova eleição já em 25 de junho, em que busca obter uma maioria que permita que o governo atual não precise se unir a nenhum outro partido.
A legenda conservadora de Mitsotakis teve seu melhor resultado desde 2007, com 40,8% dos votos, mas um número inferior ao necessário para governar sozinha. Como o segundo colocado foi o Syriza, de esquerda e do ex-premiê Alexis Tsipras, 20%, e o terceiro foi o centro-esquerda Pasok, com 11,4%, o Nova Democracia ficou sem ter com quem se aliar para formar uma maioria.
O Parlamento é formado por 300 deputados, mas a sigla governista conseguiu 146 - cinco a menos do que mínimo para ter a maior parte dos representantes. E, o provável voto de 25 de junho, terá o sistema eleitoral aprovado pelo governo do próprio Mitsotakis, que prevê um bônus máximo de 50 assentos para o partido mais votado.
Já Tsipras, ainda sob o choque do resultado, disse que é preciso fazer um movimento de união, com críticas indiretas a "outras forças progressistas" que não quiseram se unir durante a campanha eleitoral da votação deste domingo.
Entre eles, está o Partido Comunista Grego (KKE), que obteve 7,2% dos votos (alta de mais de dois pontos percentuais em relação ao último pleito) e o próprio Diem25, sigla fundada pelo ex-ministro de Finanças Yanis Varoufakis, que não conseguiu passar pela cláusula de barreira de 3%, obtendo apenas 2,6% dos votos.
Pela Constituição, nesta terça (23), Sakellaropoulou vai entregar o mandato exploratório para o segundo colocado nas urnas - o Syriza de Tsipras - e depois, para o terceiro. Só quando terminar a tentativa do Pasok, a presidente poderá indicar as novas eleições. (ANSA).