(ANSA) - Durante a visita que fez à região da Emilia-Romagna nesta quinta-feira (25), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que estava na Itália "para mandar uma mensagem muito clara: a Europa está com vocês".
Ao lado da premiê italiana, Giorgia Meloni, a líder europeia sobrevoou as cidades mais afetadas e depois ambas foram recebidas em Bolonha pelo governador da região, Stefano Bonaccini, pelo prefeito da cidade, Attilio Visconti, e pelo chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio.
"Obrigada por terem me recebido. Foi duro, dilacerou meu coração ver os deslizamentos, essas cicatrizes profundas deixadas pelas avalanches de terra. É importante ter essa visão do alto da devastação", disse às autoridades.
Von der Leyen ainda elogiou o trabalho voluntário de muitos italianos e também de cidadãos de outras partes do bloco, que foram à região da Emilia-Romagna por meio do mecanismo de proteção civil do bloco europeu. No entanto, a chefe do Executivo ressaltou que os fundos totais devem chegar ao local em até três meses.
"É urgente iniciar com o fundo de solidariedade, mas há regras muito importantes a serem respeitadas. Haverá um primeiro pagamento, depois as estimativas de danos para ter uma ideia mais clara da contribuição que virá da UE. E isso acontecerá nos próximos três meses. Depois, vemos o que é possível fazer a mais", afirmou aos jornalistas, dizendo ainda que o fundo de coesão também pode ser ativado.
O primeiro levantamento informal feito pela Emilia-Romagna aponta danos materiais na casa dos 7 bilhões de euros, mas o número deve aumentar ainda mais quando forem contabilizados todos os prejuízos.
Por sua vez, Meloni agradeceu pela visita de Von der Leyen, dizendo que esse é um "sinal concreto" da proximidade da UE nesse momento difícil e também elogiou os nove países do bloco que já oferecerem equipes e materiais para ajudar a Emilia-Romagna.
"O apoio da União ocorre nessa fase mais importante. Nós, nas próximas semanas, faremos o primeiro cálculo total dos danos das enchentes e pediremos a ativação do fundo de solidariedade, algo que a Itália, infelizmente, já precisou outras vezes", pontuou.
A forte onda de mau tempo que atingiu a região italiana deixou, além dos danos às casas, aos prédios públicos e a infraestrutura viária, 15 mortos. (ANSA).