(ANSA) - Os ministros do Interior dos países-membros da União Europeia chegaram a um acordo para reformar as normas que orientam a gestão de solicitantes de refúgio no bloco.
O compromisso, que ainda precisa de aprovação do Parlamento Europeu, foi alcançado durante uma reunião em Luxemburgo na última quinta-feira (8), após uma maratona de negociações e apesar da oposição de Hungria e Polônia, historicamente hostis a migrantes da África e do Oriente Médio.
A proposta aprovada pelos ministros obriga todos os Estados-membros a participar da gestão dos solicitantes de refúgio que chegam aos milhares nos países mediterrâneos, especialmente Grécia e Itália.
As nações que se recusarem a receber esses deslocados internacionais teriam de pagar 20 mil euros por pessoa para um fundo administrado pela União Europeia.
Atualmente, o Regulamento de Dublin estabelece que a análise do pedido de refúgio deve ser feita pelo país de chegada do requerente, peso que recai sobretudo nos Estados-membros mais meridionais do bloco.
Na década passada, a UE chegou a estabelecer sistemas de realocação de solicitantes de refúgio, mas esses mecanismos sempre foram boicotados por nações do leste europeu.
"Bruxelas está abusando de seu poder, eles querem realocar migrantes na Hungria à força. Isso é inaceitável, eles querem obrigar a Hungria a se tornar um país de migrantes", disse nesta sexta (9) o premiê de extrema direita Viktor Orbán.
A Itália, por sua vez, elogiou o acordo. "Acreditamos que algo está começando", disse o ministro do Interior Matteo Piantedosi. "A Itália obteve apoio para todas as suas propostas e não será o centro de coleta dos imigrantes em nome da Europa", acrescentou. (ANSA)
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