(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a questionar nesta quarta-feira (12) o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que será discutido durante sua visita a Bruxelas na próxima semana.
"Tem uma coisa que eu já disse para todo mundo, que a gente não abre mão das compras governamentais, que serão a possibilidade de desenvolver o médio e pequeno empreendedor deste país, então vamos ter uma disputa", afirmou Lula.
A declaração foi dada durante uma cerimônia sobre o Dia da Ciência e do Pesquisador, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.
O acordo, assinado em 2019, permite que empresas europeias participem de licitações dos governos nacionais no Mercosul, e vice-versa.
Apesar das críticas às compras governamentais e ao documento recentemente apresentado pela UE sobre sanções por desmatamento, Lula expressou o desejo de fechar o pacto entre os blocos até o final do ano, durante a presidência do Brasil no Mercosul.
Lula deve se reunir com as autoridades europeias na próxima segunda-feira (17), em Bruxelas, durante a cúpula entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
"Estou viajando para Bruxelas no sábado. Teremos o encontro da América Latina com a UE, que é extremamente importante, pois pode ser o pilar para construir o acordo tão sonhado entre o Mercosul e a UE, algo que tem sido buscado há décadas", afirmou Lula.
Segundo o presidente, seu plano inicial era não ir à reunião UE-Celac. "Mas não posso faltar porque o Brasil é o maior país da América Latina, a maior economia. Se não comparecermos, pode parecer que não estamos interessados. Então ficaremos três dias lá discutindo", disse. (ANSA)
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