(ANSA) - O número de migrantes que entram na Europa pelo Mediterrâneo Central subiu para quase 65,6 mil no primeiro semestre de 2023, cifra mais alta desde 2017.
A Itália é a principal porta de entrada de migrantes forçados pelo Mediterrâneo no continente europeu.
O número também representa crescimento de 140% em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados da Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
As chegadas pelas outras rotas migratórias registraram queda em relação ao ano passado, de 6% no Mediterrâneo Ocidental e de 34% no Mediterrâneo Oriental.
De acordo com a agência, após uma queda em maio, causada por longos períodos de más condições meteorológicas, os chamados "agentes de migração ilegal" intensificaram suas atividades, provocando aumento de 85% nas entradas via Mediterrâneo Central em junho.
"O aumento da pressão migratória nessa rota pode persistir nos próximos meses, com os agentes ilegais oferecendo preços mais baixos para migrantes partindo da Líbia e da Tunísia, em um contexto de forte concorrência entre grupos criminosos.
Infelizmente, as travessias no mar continuam extremamente perigosas", diz a Frontex.
"Segundo os dados da OIM [Organização Internacional para as Migrações], só até junho quase 1,9 mil pessoas desapareceram no Mediterrâneo", conclui o boletim. (ANSA).