(ANSA) - A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu nesta segunda-feira (17) 45 bilhões de euros em investimentos "de alta qualidade" na América Latina.
A meta foi anunciada durante o Fórum Empresarial União Europeia-América Latina, em Bruxelas, pouco antes do início oficial da cúpula entre os países da UE e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Segundo Von der Leyen, os investimentos ocorrerão no âmbito do Global Gateway, megaprograma do bloco europeu para ampliar sua influência no mundo.
"Sob a bandeira do Global Gateway, propomos levar à América Latina mais de 45 bilhões de euros em investimentos de alta qualidade", disse a presidente, acrescentando que "135 projetos já estão em curso, do hidrogênio verde às matérias-primas essenciais, da expansão da rede de cabos de dados à produção das mais avançadas vacinas de mRNA".
O programa se sustenta nos seguintes pilares: transição verde, transformação digital inclusiva, desenvolvimento humano e resiliência sanitária. Entre os projetos em andamento estão a expansão das redes de telecomunicações na Amazônia, na qual Bruxelas colabora com o governo brasileiro e o setor privado da UE, a eletrificação do transporte público na Costa Rica e a construção de uma linha de metrô na Colômbia.
Recentemente, a Comissão Europeia também anunciou 35 milhões de euros para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, enquanto o Banco Europeu de Investimento (BEI) vai destinar 800 milhões de euros para financiar diversos projetos climáticos no Brasil, na Argentina e no Chile.
Segundo Von der Leyen, a UE também quer se tornar "parceira de referência" da América Latina em matérias-primas críticas, como o lítio, elemento essencial para a produção de baterias elétricas.
"Diferentemente de outros investidores estrangeiros, não estamos interessados apenas em investir na pura extração de matérias-primas. Queremos colaborar com vocês para construir capacidades locais para a produção de baterias e produtos finais, como veículos elétricos", disse a líder europeia. (ANSA)
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