(ANSA) - O centro de acolhimento de migrantes na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, permanece sob pressão neste sábado (5), após o desembarque de quatro barcos com 325 pessoas a bordo que foram salvas pela Guarda Costeira.
Na última sexta-feira (4), 1.677 pessoas já haviam chegado à ilha, que é frequentemente o destino de barcos que transportam migrantes e refugiados do norte da África, em 40 desembarques.
Entre as embarcações estava um barco de madeira de 10 metros que partiu de Sabratha, na Líbia, transportando 144 pessoas da Eritreia, Gana, Paquistão, Síria, Sudão e Egito, e outro que veio de Zuwarah com 92 homens de Bangladesh, Eritreia, Costa do Marfim, Marrocos, Nigéria, Síria, Sudão e Egito.
Os recém-chegados foram levados para o hotspot de Lampedusa, elevando o número de residentes para 2.355, enquanto a capacidade oficial é de cerca de 400.
Além disso, uma mulher de 32 anos da Costa do Marfim deu à luz um menino pouco depois de chegar à ilha italiana durante a noite.
A criança nasceu no centro de saúde da ilha porque as autoridades não tiveram tempo para levar a grávida de nove meses a um hospital. O bebê, chamado Eli, pesa 2,8 quilos e passa bem, assim como a mãe.
Em paralelo, um grupo de migrantes ficou preso nas rochas de Ponente, em Lampedusa, na madrugada, depois que o barco em que estava afundou.
Ao todo, dois barcos da Guarda Costeira da Itália estavam em águas próximas às rochas, mas o mar agitado os impedia de tentar resgatar os migrantes, disseram fontes, acrescentado que o grupo parecia estar seguro e não houve relatos de pessoas desaparecidas.
Entretanto, nesta tarde, um pequeno barco com migrantes a bordo naufragou a cerca de 23 milhas a sudoeste de Lampedusa, deixando ao menos um morto, que parece ser uma criança, e dois desaparecidos, uma mulher e um menor.
Ao todo, 43 pessoas foram resgatadas, mas as autoridades italianas continuam as buscas. De acordo com relatos, cerca de 46 estavam a bordo. (ANSA).