(ANSA) - O vice-premiê e ministro de Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, recebeu nesta quarta-feira (27) o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, e manifestou expectativa pela entrada do país dos Bálcãs na União Europeia.
"A Albânia é uma parceira estratégica para nós. A Itália considera os Bálcãs ocidentais uma prioridade da nossa política externa, e somos absolutamente favoráveis ao ingresso na UE desses países, começando pela Albânia. Torcemos para que aconteça antes de 2030", disse Tajani.
Sobre o tema da migração, especialmente pela rota balcânica, o chanceler italiano acrescentou: "Já há colaboração com a Albânia. É preciso combater os traficantes de pessoas que são os mesmos traficantes de drogas e armas. Trabalhamos muito com a nossa Guarda de Finanças e as forças de segurança albanesas".
"Mas precisamos reforçar ainda mais a colaboração. Não bastam dois, três países: é preciso uma ação forte da Europa e da ONU [Organização das Nações Unidas]", acrescentou.
No encontro na Farnesina, sede da chancelaria italiana, em Roma, o premiê albanês brincou, em italiano: "Não é sempre que se chega a outro país com uma delegação tão grande, sem precisar dos fones de ouvido de tradução. Os intérpretes também vão gostar, vão ser pagos de qualquer jeito sem ter que traduzir nada".
O primeiro-ministro destacou que a língua italiana não é apenas a segunda língua dos albaneses, mas também uma "língua política no plano bilateral e internacional".
Para ele, Itália e Albânia têm "a mesma posição sobre tudo": "Ficamos felizes que a Itália seja nossa maior advogada também a nível europeu, a voz mais alta em Bruxelas em apoiar a Albânia e os Bálcãs ocidentais em seu caminho europeu".
"Ficamos felizes que este governo tenha adotado esforços especificamente para passar de tantas promessas a fatos em economia, política comum, de segurança e por aí vai", disse Rama.
Tajani concordou: "Dividimos com a Albânia profundas ligações históricas. A reunião foi muito profícua e positiva, foram dados novos passos à frente nas relações já excelentes entre os países. Estamos prontos para fazer cada vez mais". (ANSA).