União Europeia

'Itália não pode ser deixada sozinha', diz Metsola sobre migrantes

Ilha de Lampedusa recebeu milhares de migrantes nas últimas semanas

Ilha de Lampedusa recebeu milhares de migrantes nas últimas semanas

Redazione Ansa

(ANSA) - A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse nesta quarta-feira (27) que é dever da União Europeia (UE) e dos seus Estados-membros ajudar a Itália a lidar com a pressão que sofre com a crise migratória.

Nas últimas semanas, a ilha de Lampedusa, no sul da Itália, viu aumentar o número de desembarques de migrantes vindos do Norte da África e precisou declarar estado de emergência.

"Um país que se vê confrontado com a chegada massiva de fluxos migratórios, como o de Lampedusa, uma ilha de 6 mil cidadãos que de repente recebe 1,7 mil pessoas em um dia, 3 mil no outro, não pode ser deixado sozinho. E não pode parecer deixado sozinho", declarou Metsola a um grupo de agências no "European Newsroom".

O Ministério do Interior da Itália revelou que 133.005 pessoas chegaram ao país em barcos de migrantes desde o início do ano até o dia 25 de setembro, quase o dobro dos desembarques registrados no mesmo período do ano passado (69.806).

Metsola explicou que a "dimensão interna e externa da imigração não deve ser separada", reforçando a necessidade de sermos "coerentes na forma como lidamos com os países vizinhos".

A dimensão interna diz respeito à recepção de migrantes uma vez na UE e a externa está relacionada aos esforços para tentar travar os fluxos de migrantes em primeiro lugar, nomeadamente através de acordos de cooperação com países terceiros, como o memorando de entendimento recentemente assinado com a Tunísia.

A presidente do Parlamento Europeu também expressou otimismo de que um avanço para acabar com o impasse em relação ao Novo Pacto sobre Migração e Asilo da UE possa ocorrer esta semana ou na próxima.

"Haverá países que não aceitarão. Não é novo, mas uma maioria deve ser encontrada. Equilíbrios serão encontrados", afirmou ela, reiterando a necessidade de "fazer todo o possível para desbloquear qualquer obstáculo de última hora". (ANSA).

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