União Europeia

Migração ilegal pode colocar segurança da UE em risco, alerta Meloni

Premiê da Itália participou de reunião do Conselho Europeu

Migrantes são resgatados por navio de ONG

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, voltou a alertar nesta terça-feira (17) que a migração ilegal em massa pode colocar em risco a segurança na Europa.

A declaração foi dada durante reunião com membros do Conselho Europeu, "convocada pelo presidente Charles Michel, para discutir a guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas e as implicações do conflito em curso, também com referência à situação humanitária de Gaza", informou um comunicado do Palazzo Chigi.

Na conversa por videoconferência, a premiê italiana também expressou suas "mais profundas condolências" aos seus homólogos da Bélgica, Alexander De Croo, e da Suécia, Ulf Kristersson, pelo grave ataque perpetrado em Bruxelas, no qual dois cidadãos suecos foram mortos, e lembrou que o autor do crime desembarcou na Itália em 2011.

"Como já aconteceu no passado com outros terroristas. Por esta razão, tentei repetidamente chamar a atenção para o fato de que a imigração ilegal em massa também pode dar origem a sérios riscos para a segurança na Europa", afirmou ela.

De acordo com Meloni, é exatamente por isso que a União Europeia não pode mais permitir este tipo de situação, porque afeta a segurança dos cidadãos europeus.

O tunisiano Abdessalem Lassoued, que matou dois cidadãos suecos na capital da Bélgica, entrou na UE através da ilha italiana de Lampedusa em 2011, a bordo de um barco clandestino.

Situada no Mar Mediterrâneo Central, perto do litoral da África, a ilha é a principal porta de entrada para migrantes forçados e refugiados na UE e já recebeu dezenas de milhares de pessoas em 2023.

Durante a reunião do Conselho Europeu, Meloni enfatizou que tendo em vista os últimos acontecimentos, como as manifestações que incitam ao ódio contra Israel e as comunidades judaicas e os ataques na França e Bruxelas, chegou a hora de condenar todo ato de terrorismo, incluindo o de origem islâmica, que foi subestimado durante muito tempo.

A premiê italiana explicou ainda que "o ataque do Hamas parece ter como objetivo impedir o processo de normalização iniciado com os Acordos de Abraão, uma armadilha na qual Israel e todos nós devemos evitar cair".

"Estou impressionada pela brutalidade das imagens em Israel e pela tentativa do Hamas de desumanizar os cidadãos israelenses", acrescentou ela.

Por fim, enfatizou que o grau de violência sugere que se trata de uma estratégia desejada pelo grupo islâmico para empurrar Israel a uma reação muito forte, que também poderia afetar a população civil palestina e unir a opinião pública árabe contra os israelenses. (ANSA).
   

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