(ANSA) - O partido conservador de direita nacionalista Lei e Justiça (PiS), que governa a Polônia desde 2015, conquistou pouco mais de 35% dos votos segundo a apuração final das eleições legislativas do último domingo (15).
Apesar de ter sido a sigla única mais votada, o partido do líder Jaroslaw Kaczynzki e do premiê Mateusz Morawiecki perdeu sua maioria parlamentar e não deve conseguir formar um novo governo.
Isso porque uma união dos partidos de oposição, liderada pelo ex-premiê Donald Tusk, arrecadou 54% dos votos, somando o Coalizão Cívica (KO), a Terceira Via (TD), e a Esquerda (L).
Na prática, a expectativa é de que um eventual governo formado por esse bloco tenha posição de centro-direita e pró-Europa.
O comparecimento chegou a quase 75%, recorde que ultrapassou os 63% registrados em 1989, até então as eleições mais importantes do país, com o fim do socialismo no país.
Com o resultado, o PiS terá 194 cadeiras do Parlamento, enquanto a coalizão de oposição controlará 248.
Donald Tusk declarou nesta terça-feira (17) que a oposição está pronta para assumir o poder "a qualquer momento".
"Os partidos democráticos vencedores estão em contato permanente e estão prontos para assumir a responsabilidade de governar o país", disse ele em um vídeo nas redes sociais, pedindo que o presidente polonês, Andrzej Duda, "a tomar decisões fortes e rápidas".
Após o anúncio oficial dos resultados, o presidente deve convocar a primeira reunião do novo Parlamento em até 30 dias, e nomear uma pessoa para formar o novo governo. (ANSA).