União Europeia

UE incentiva aliança global contra tráfico de pessoas

Ursula von der Leyen abriu conferência sobre tema em Bruxelas

Redazione Ansa

(ANSA) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, convidou nesta terça-feira (28) instituições, agências internacionais e governos a criarem uma aliança global para combater o tráfico de migrantes.

"Sabemos como é difícil lidar com o tráfico de migrantes, mas quando unimos forças fazemos progressos. Desde a minha visita a Lampedusa unimos forças com a Itália. Gerir a crise é importante, mas não é suficiente", alertou ela.

De acordo com von der Leyen, o bloco precisa de "uma resposta sistêmica que exclua os traficantes destas atividades".

"Precisamos estabelecer novas parcerias bilaterais que se concentrem nas rotas, mas também precisamos de uma aliança global", acrescentou.

A declaração foi dada durante a abertura da cúpula sobre a aliança global contra os traficantes, que reúne representantes de 57 países ao redor do mundo e foi anunciada por von der Leyen em setembro passado. A Itália é representada pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi.

Segundo a chefe do Executivo, é preciso uma cooperação "entre os países-membros e as agências com um único centro europeu que coordena a informação". Para ela, a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) "deve aumentar as suas forças para apoiar as nações" do bloco.

"Precisamos prevenir e dissuadir as pessoas de confiarem as suas vidas aos traficantes. A melhor forma de salvar vidas é evitar que essas pessoas façam essa viagem", enfatizou ela.

Von der Leyen ainda anunciou uma atualização da legislação europeia para facilitar a luta contra o tráfico e a criação de grupos de peritos a nível técnico para trabalhar em três áreas: a prevenção da saída de migrantes irregulares, a aplicação da legislação e a criação de rotas de entrada legal.

Itália 

Durante discurso na conferência, o ministro do Interior italiano ressaltou que "o fenômeno criminoso do contrabando é por natureza transnacional e qualquer iniciativa que termine dentro das fronteiras do Estado seria completamente em vão".

Para Piantedosi, é preciso estabelecer um diálogo estreito com os principais estados de origem e trânsito dos fluxos, em particular com a Tunísia, a Líbia, a Costa do Marfim e o Egito.

Ele recordou que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, desde o início de seu mandato, defende isso, acrescentando que o país apresentou recentemente a proposta de criar, "no âmbito da Europol, um grupo de trabalho operacional para combater os traficantes ativos no Mediterrâneo". (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it