(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta segunda-feira (22) que vai decidir “na última hora” sobre a possibilidade de se candidatar nas eleições europeias. O pleito para renovação do Parlamento Europeu será realizado entre 6 e 9 de junho de 2024.
“Veremos, veremos. Vou responder assim porque não decidi, acredito que decidirei na última hora. Imagine se não considero importante me medir com o consenso dos cidadãos. Isso também faz parte da democracia. Para mim, seria importante verificar se ainda tenho esse consenso”, afirmou.
Quando questionada sobre se a porcentagem de chances ficaria entre 50 e 60%, Meloni respondeu: “50%. Quero criar um pouco de suspense”. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Quarta Repubblica, da TV Rete 4.
Sobre questões de política externa, Meloni disse que sua ideia é “ter a capacidade de conversar com todos”, citando um encontro recente com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Quando questionada se estava pronta para negociar com Erdogan, ela respondeu: "Estava pronta para fazer a Itália contar mais, pronta para desenhar uma política externa para esta nação baseada no respeito pelos interlocutores, pessoas que não te olham de cima para baixo, mas têm a coragem de dizer as coisas como são e que cumprem seus compromissos."
Sobre uma eventual eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, ela disse que não sabe dizer se mudaria a política externa dos EUA, mas que a da Itália não mudaria: “Itália e EUA são dois aliados muito sólidos, e sempre tiveram ótimas relações independentemente da mudança do premiê italiano ou do presidente americano”.
Meloni ainda comemorou a visita iminente do presidente argentino, Javier Milei, à Itália: “Fui a primeira líder com quem ele conversou na Europa após a eleição. Certamente é uma personalidade fascinante”.
Questionada sobre privatizações, a premiê disse: "No nosso Orçamento, prevemos 20 bilhões em três anos, um trabalho que pode ser realizado com seriedade da maneira que imagino: podemos vender algumas partes de empresas públicas sem comprometer o controle público, e em algumas empresas totalmente estatais, podemos vender participações minoritárias”.
(ANSA).