(ANSA) - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia deram aval "substantivo" para a nova missão proposta pela Itália, França e Alemanha para garantir a segurança mercantil no Mar Vermelho, palco de recorrentes ataques do grupo iemenita houthi.
A informação foi revelada nesta segunda-feira (22) pelo vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, depois que os três países apresentaram o plano aos seus homólogos da UE durante reunião em Bruxelas.
"Estamos propondo juntamente com a França e a Alemanha uma missão que possa garantir a segurança do tráfego marítimo", afirmou ele aos jornalistas após o encontro.
Tajani enfatizou que espera que "possamos já aprovar definitivamente a missão no próximo Conselho de Relações Exteriores, depois de um sinal verde substancial na reunião de hoje".
Segundo ele, a Itália defende que a missão no Mar Vermelho "pode também incluir" a missão Emasoh/Agenor no Estreito de Ormuz.
"A missão militar europeia no Mar Vermelho que Roma está a promover com Paris e Berlim representa um passo considerável para uma verdadeira defesa europeia", acrescentou.
Por fim, Tajani enfatizou que "a Itália está pronta para fazer a sua parte". "A missão envolve ter um sistema de defesa que na minha opinião deve ser forte, portanto capaz de abater drones e mísseis lançados pelos Houthis. Além disso, haverá "uma proteção militar muito forte, determinada e espero que com todas as ferramentas necessárias", concluiu ele.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que a missão naval da UE no Mar Vermelho “é predominantemente uma política de defesa”.
“15% do comércio mundial passa por lá, impedir a passagem de produtos significa um aumento desproporcional dos preços, não podemos aceitar a ameaça dos houthis no Mar Vermelho”, afirmou ela.
Segundo Meloni, “a Itália sempre apoiou a defesa da liberdade de navegação” no âmbito de seus próprios regulamentos.
“Para esta missão de defesa europeia não precisamos de passar pelo Parlamento, mas a iniciativa dos EUA teria significado uma passagem parlamentar. A Itália está aí, assume a responsabilidade”, acrescentou ela.