União Europeia

UE aprova 14º pacote de sanções contra Rússia por guerra

Medida também prevê proteção para empresas do bloco

Vista aérea da torre do Kremlin, sede do governo russo, e de Moscou

Redazione Ansa

Os 27 países-membros da União Europeia aprovaram nesta segunda-feira (24) o 14º pacote de sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia.
    O aval foi dado durante uma reunião dos ministros das Relações Exteriores em Luxemburgo, e entre os alvos estão o setor de gás natural liquefeito, um dos principais itens da pauta russa de exportações, sobretudo a prática de transbordo de metano nos portos europeus.
    As sanções também miram a "frota paralela" de navios utilizada pela Rússia para transportar petróleo bruto, bem como instituições financeiras de países terceiros que permitem a Moscou contornar as punições anteriores.
    Além disso, o pacote prevê medidas para proteger empresas europeias atingidas por represálias russas, como a italiana Ariston, fabricante de aquecedores estatizada pelo Kremlin e transferida para uma subsidiária da Gazprom em abril passado.
    Segundo o texto, as companhias afetadas por sanções da Rússia poderão recorrer a tribunais na UE para pedir "ressarcimento pelos danos sofridos". "É uma vitória importante da Itália, que lutou por isso. Temos 200 empresas que operam na Rússia e precisamos protegê-las", disse o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
    Já o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, afirmou que a Ucrânia deve receber na próxima semana a primeira parcela dos lucros de ativos russos congelados pelo bloco, fatia que totaliza 1,4 bilhão de euros (R$ 8,2 bilhões).
    "Vladimir Putin está se preparando para uma longa guerra, e precisamos continuar apoiando a Ucrânia", salientou.

Rússia anuncia retaliação a novas sanções da UE

O governo da Rússia anunciou nesta segunda-feira uma retaliação à União Europeia por conta do 14º pacote de sanções em função da guerra na Ucrânia.
    Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a resposta consiste em um aumento "significativo" na lista de representantes da UE e dos países membros com entrada proibida na Rússia, incluindo integrantes do Conselho da Europa (que não faz parte do bloco) e parlamentares dos Estados da União. (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it