(ANSA) - A China entrou com um recurso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as sobretaxas alfandegárias permanentes da br/brasil/noticias/economia/2024/10/29/ue-oficializa-tarifas-de-ate-353-a-carros-eletricos-chineses_e17e9a64-9ed6-4126-9d24-d4181201692d.html" target="_blank" rel="noopener">União Europeia sobre as importações de carros elétricos fabricados no gigante asiático.
O governo chinês informou em um comunicado que a decisão foi tomada para "proteger os interesses de desenvolvimento" da indústria dos veículos elétricos da nação.
Além disso, a nota divulgada pelo Ministério do Comércio de Pequim reitera sua "forte oposição às tarifas" do bloco europeu, vistas como "protecionismo comercial em nome de compensações anti-subsídios".
Os chineses ainda declararam que as sobretaxas alfandegárias foram impostas mesmo depois de uma "enxurrada de objeções levantadas pelas partes interessadas, incluindo governos de Estados-membros da UE, indústria e a opinião pública".
Conforme a decisão da Comissão Europeia, as alíquotas são de 35,3% para a montadora Saic, de 18,8% para a Geely, de 17% para a BYD e de 7,8% sobre a produção na China da americana Tesla, de Elon Musk. Outras empresas que cooperarem com Bruxelas pagarão sobretaxa de 20,7%, e as que não colaborarem, de 35,3%.
Com isso, os impostos sobre carros elétricos chineses na UE podem chegar a 45%, uma vez que esses produtos já pagavam uma tarifa de importação de 10% antes da disputa comercial.
As crescentes tensões comerciais entre Pequim e Bruxelas não se limitam aos veículos elétricos, com a UE também investigando os subsídios chineses nos setores dos painéis solares e das turbinas eólicas. (ANSA).
China recorre contra tarifas da UE a carros elétricos
País afirmou que decisão foi um 'protecionismo comercial'