(ANSA) - A premiê da Itália, br/brasil/noticias/politica/2024/12/15/meloni-exalta-estabilidade-de-governo-e-homenageia-berlusconi_6aa3ec86-3ebf-4ea5-84ac-de566fdfb598.html" target="_blank" rel="noopener">Giorgia Meloni, disse nesta terça-feira (17) que apoiará o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia apenas se houver um "reequilíbrio" entre os dois blocos e citou preocupações sobre os efeitos no setor agrícola.
Em audiência na Câmara dos Deputados em vista da reunião do Conselho Europeu de 19 de dezembro, a primeira-ministra afirmou que o governo está "estudando" o tratado e vai "tomar o tempo que for necessário" para avaliar se seus pedidos "serão atendidos".
"Sem reequilíbrio, não há apoio ao acordo com o Mercosul", destacou Meloni no Parlamento.
A premiê disse defender o aumento dos investimentos na América Latina, um "continente muito similar à Itália" e que a Europa "arrisca abandonar a atores globais não ocidentais", mas alertou que agricultores "frequentemente pagam o preço mais caro porque outros países não respeitam os mesmos padrões alimentares" que a UE impõe a seus produtores.
"O acordo deve oferecer garantias concretas e oportunidades de crescimento também para o setor agrícola europeu", salientou.
A conclusão das negociações entre Mercosul e UE foi anunciada em 6 de dezembro, e o tratado passará agora pelo processo de revisão legal e tradução, antes de ser submetido à assinatura das partes, o que deve levar cerca de um ano.
Após essa etapa, o acordo precisará ser ratificado pelos dois blocos. Na UE, será necessário o aval do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia, órgão formado por ministros dos 27 Estados-membros. Neste último, o pacto poderá ser barrado se encontrar a oposição de pelo menos quatro países que contemplem no mínimo 35% da população do bloco. (ANSA).
'Sem reequilíbrio, não há apoio a acordo Mercosul-UE', diz Meloni
Premiê italiana alertou sobre riscos para setor agrícola