(ANSA) - Começou nesta segunda-feira (30), com as obras de escavação de um poço, a restauração da área do Jardim do Convento da Igreja do Redentor, na ilha de Giudecca, em Veneza.
O projeto, denominado "In Venetia Hortus Redemptoris", é promovido pela Fundação Venice Gardens, em parceria com a Ordem dos Frades Menores Cappuccini e a Santa Sé.
A intervenção, com a duração de cerca de dois anos, com um custo de 5,5 milhões de euros - sendo 2 milhões provenientes dos fundos do Plano Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR) e a outra parte de apoios privados - prevê a recuperação do Compêndio do Jardim, situado atrás da igreja construída no final do século XVI e projetada por Andrea Palladio, como agradecimento pelo fim da peste.
Uma área de mais de um hectare será afetada - incluindo o Jardim, as Capelas de Meditação, as Antigas Oficinas, a Estufa e o Apiário - profundamente marcada pela maré alta de 12 de novembro de 2019, quando a "acqua alta" em Veneza atingiu 187 centímetros acima da média do mar. Todo o jardim se transformaram em uma espécie de piscina.
A intervenção, como foi ilustrado no último domingo (29) por ocasião do Seminário de Veneza organizado pela Embaixada da Itália em Londres, com a presença do embaixador Inigo Lambertini, se desenvolverá sob a bandeira do respeito à espiritualidade do lugar e ao mesmo tempo da vontade de salvaguardar, valorizar e abrir ao público pela primeira vez uma área verde de elevado valor histórico e simbólico.
Este é um projeto de longa duração, fruto de um acordo específico entre a comissão privada e os frades, sem fins lucrativos que, precisamente em respeito pelos valores dos frades, "reduz à importante tradição dos jardins e das hortas conventuais, à sua riqueza e capacidade de experimentação, mas que ao mesmo tempo olha para o futuro".
"Sustentabilidade e autossuficiência são os princípios fundamentais que animam a restauração realizada por uma equipe de especialistas", explicaram a presidente da Fundação Venice Gardens, Adele Re Rebaudengo, e os frades.
A restauração botânica foi confiada a Paolo Pejrone, jardineiro e arquiteto. Concluída a intervenção, que terá um caráter filológico, o espaço estará aberto à visitação, com cartão para os residentes e bilhete "simbólico" para os restantes.
A expectativa é plantar 2.504 árvores e plantas. Assim, os visitantes poderão passear entre oliveiras, pomares, ciprestes, uma piscina de nenúfares (homenagem ao papel de Veneza como ponte para o Oriente) e mais de 400 metros de pérgulas, cobertas de parreiras, rosas, glicínias e begônias. O caminho pelo jardim de rosas com vista para a lagoa levará aos afrescos da capela de meditação e biblioteca. (ANSA).
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