Variedades

Festival de Sanremo bate recorde de audiência e aborda maternidade

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Redazione Ansa

(ANSA) - A penúltima noite do Festival de Sanremo, dedicada a covers e duetos, nesta sexta-feira (10), bateu um recorde de audiência e teve um importante monólogo sobre mulheres que optam por não ser mães, mas se sentem mal pela escolha.

Segundo o diretor artístico e apresentador Amadeus, o share da noite foi o maior para uma sexta-feira na história do festival desde 1987, com 66,5%. Isso significa que 11.121.000 espectadores assistiram o programa simultaneamente em média, das 21h25 às 1h59 (horário local) na Rai1.

O recorde anterior de 1987 ocorreu quando foram introduzidas as pesquisas Auditel. Naquele ano, a noite de sexta-feira obteve um share de 67,50%.

A primeira parte da noite de duetos (das 21h25 às 23h41) foi seguida por 15,4 milhões de espectadores, 65,2% de participação; Já a segunda (das 23h44 até 1h59) foi acompanhada por 7,4 milhões, o equivalente a 69,7%.

No ano passado, a quarta noite do festival obteve uma média de 11 milhões e 378 mil espectadores, o que corresponde a 60,6% de share.

Maternidade -

Durante o Festival de Sanremo, a convidada Chiara Francini escolheu um tema polêmico para seu monólogo: ser mulher mas não ser mãe, por escolha ou não, e se sentir mal por isso.

Segundo ela, este é um tabu que ainda resiste numa sociedade onde as mulheres sem filhos são cada vez mais numerosas.

"Chega um momento da vida em que fica claro que você cresceu: quando você tem um filho. Agora, eu não tenho filho, mas acho que é algo depois do qual fica claro que você não será mais capaz de ser tão jovem quanto você tinha 16 anos, com o ensino médio, a discoteca e a motocicleta. E chega um momento em que todos ao seu redor começam a dar à luz. É uma avalanche", ressalta.

"Quando uma amiga te conta que está grávida e você nunca esteve, você nunca sabe o que fazer, é como se algo explodisse dentro de você, um buraco. E enquanto tudo isso está acontecendo, você tem que comemorar, porque as grávidas são violentas e só querem ser celebradas. E não há espaço para o seu medo, para a sua solidão. Você tem que comemorar. Como a árvore de natal que mantenho acesa o ano todo na sala, completamente sem sentido", acrescentou ela.

Na sequência, segundo a italiana, "depois vem a consciência de que o tempo passa e que, se eu não tivesse pressa, talvez nunca tivesse tido um filho". "Porque até na hora de você se decidir, talvez seu corpo te dê o dedo do meio e aí você fica com a dúvida de que errou, que esperou demais, que você é um fracasso".

Para Francini, "ser mulher é uma aventura maravilhosa", mas também é preocupante quando surgem outros questionamentos.

"Passamos a imaginar um filho e nos voltamos para ele: e se ele for muito diferente de mim? Eu sei e quase espero que, se você for um menino e for gay, eu o amarei muito. Mas talvez eu preferiria que não fosse, porque vai ser mais difícil e eu queria que fosse fácil para você", concluiu. (ANSA).
   

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