(ANSA) - A primeira Superlua de 2023, fenômeno caracterizado pela maior proximidade da Lua com a Terra, poderá ser vista entre a noite desta segunda (3) e terça-feira (4).
Esta será a primeira de quatro Superluas do ano, que acontecerão entre o verão e o início do outono. A expectativa é de que a Lua aparecerá cerca de 5% maior e mais brilhante que o normal, pois além de cheia também estará no perigeu, ou seja, na distância mínima da Terra (igual a 360.149 km contra uma distância média de pouco mais de 384 mil km).
"Esta primeira Superlua de 2023 será a lua cheia mais austral do ano, ou seja, a que menos subirá no horizonte italiano. De Roma, por exemplo, veremos atingir uma altura máxima de apenas 20 graus na noite entre 3 e 4 de julho, entre as estrelas da constelação de Sagitário", explicou o astrofísico Gianluca Masi, diretor científico do Projeto Telescópio Virtual.
O espetáculo estará no auge quando o sol se põe e quando ele nasce, e muito intenso, quase deslumbrante. Ao nascer ou se pôr, a Lua se projeta atrás de prédios e elementos da paisagem, gerando a sensação de que seu "disco" é maior, mas é apenas uma ilusão de ótica, justamente pela presença no campo de visão de termos de comparação, extraídos do "ambiente".
O termo Superlua não tem valor científico, mas é frequentemente usado por seu grande charme. "Tanto a Lua Cheia quanto a Lua Nova são consideradas Superlua, desde que ocorra com nosso satélite próximo à distância mínima da Terra", lembra o astrofísico.
"É claro que a Lua Nova não é visível no céu, portanto a única Superlua observável é a cheia, a menos que haja um eclipse do Sol em correspondência com a nova Superlua, como aconteceu em março de 2016", acrescentou o italiano.
O fenômeno poderá ser visto por meio de transmissão ao vivo do Edulnaf. As imagens serão captadas pelos telescópios do Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf) e contarão com os comentários da escritora e astrofísica Licia Troisi e dos astrônomos do Inaf em conexão de Cagliari, Palermo e Loiano, em Bolonha.
O Telescópio Virtual, graças aos seus instrumentos móveis, filmará a primeira Superlua do ano à medida que se eleva no horizonte de Roma, compartilhando sua visão com observadores de todo o mundo. (ANSA).