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Edição de 2023 do PhotoANSA relata ano marcado por guerras

Agência italiana lançou seu tradicional livro anual de fotos

Uma das imagens do conflito em Gaza para ilustrar o PhotoANSA de 2023

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Michele Cassano - Um ano de grandes tragédias, marcado por guerras, desastres ambientais e acontecimentos que chocaram a Itália. Um 2023 dominado pelo medo do futuro, mas que não destruiu a esperança, o desejo de vida, de alegria e de união, como no esporte e nos grandes eventos de entretenimento.

A ANSA imortalizou 2023 com a nova edição do PhotoANSA, o tradicional livro anual de fotos da agência italiana de notícias. A apresentação ocorreu nesta segunda-feira (11) no Museu Maxxi, em Roma.

O livro possui imagens da guerra sem fim na Faixa de Gaza, com as suas pequenas e inocentes vítimas, como uma pessoa ferida sendo carregada nos braços por um palestino que é registrado correndo em busca de ajuda.

O conflito na Ucrânia que, apesar da menor atenção midiática, continua provocando dor, como a fotografia de um homem sozinho chorando, perto de Kiev, sobre o corpo de uma menina de nove anos, embrulhado em um lençol.

A edição de 2023 do PhotoANSA também passa pelas tragédias do Mediterrâneo, como a de Cutro, na região da Calábria, com os pequenos caixões brancos alinhados contendo os restos mortais das jovens vítimas de um naufrágio.

Dentro do território italiano, o livro recorda as enchentes que atingiram a Emilia-Romagna na primavera e a triste sequência de feminicídios que não para de crescer no país.

A política italiana aparece na publicação com seus desafios sem precedentes e as homenagens aos falecidos Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi.

No esporte, os históricos sucessos do Napoli na temporada passada da Série A da Itália, que voltou a conquistar o Scudetto depois de mais de 30 anos, e os triunfo do tenista Jannik Sinner foram mencionados no livro, bem como a Ryder Cup em Roma.

Por fim, o fenômeno de "Barbie" nas telonas do país europeu e em todo o mundo ganhou destaque no PhotoANSA.

"Um livro de papel parece uma coisa antiga e obsoleta, mas tem uma forte eficácia. Em física e economia falamos do voo do zangão para indicar um inseto que devido ao seu tamanho não podia voar e em vez disso voa. Nosso livro é algo assim. Ele tem lindas fotos, que são uma ampliação de coisas que aconteceram e que impressionam pelo seu imediatismo", disse o presidente da ANSA, Giulio Anselmi.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, participou do evento por videoconferência e respondeu às perguntas do diretor da ANSA, Luigi Contu, sobre os principais temas da atualidade e, diante das imagens do horror do conflito no Oriente Médio, convidou a todos a não esquecer as atrocidades cometidas pelo Hamas.

O professor Emanuele Parsi, durante um painel com correspondentes, pediu à comunidade internacional que trabalhe por uma solução duradoura que contemple a fórmula de dois povos em dois Estados.

O tema dos feminicídios esteve no centro da discussão com a atriz Romana Maggiora Vergano, que em "C'è Ancora Domani", filme de grande sucesso, faz o papel de Marcella, filha da protagonista Paola Cortellesi, que é vítima da violência de seu marido.

Na oportunidade, a artista de 26 anos enviou uma mensagem de esperança, lembrando que "hoje as mulheres têm muitas alternativas em relação a Marcella, que é obrigada a se refugiar no casamento".

O presidente da Federação Italiana de Tênis (FIT), Angelo Binaghi, sublinhou as diferenças entre a Copa Davis conquistada em 1976 e a que acabou de ser vencida pelos atletas da Azzurra.

"A vitória de 1976 veio no auge de um ciclo, enquanto a de 2023 deveríamos estar perante a abertura de um ciclo, até porque existe um sistema que cresce como nenhum outro esporte na Itália", explicou.

O CEO da ANSA, Stefano De Alessandri, destacou no encerramento os resultados alcançados pela agência em termos econômicos e fidedignos, lembrando que 2023 foi também o ano da explosão da inteligência artificial, na qual a agência "começou a investir há quatro anos". (ANSA).
   

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