(ANSA) - Israel foi admitido para participar da 68ª edição do festival Eurovision, na cidade de Malmö, no sul da Suécia, depois de ter concordado alterar a música que sua representante, a solista Eden Golan, apresentaria.
Agora, ela interpretará "Hurricane", que tem a mesma melodia de "October Rain", canção inicialmente rejeitada pelos organizadores do evento por ter uma letra considerada política, uma vez que se referia aos acontecimentos do ataque terrorista cometido pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023.
O anúncio foi feito pelo órgão de radiodifusão israelense Kan, segundo o qual chegou hoje a confirmação definitiva dos organizadores da União Europeia de Radiodifusão (Ebu). "Eles examinaram o texto e ouviram a apresentação", especificou.
Embora o Kan tenha inicialmente afirmado que não pretendia alterar a letra da música e que, portanto, se retiraria da competição, a intervenção do presidente do país foi considerada um catalisador.
Isaac Herzog exigiu que o órgão israelense fizesse as modificações necessárias na letra da música, para que Israel não perdesse este importante evento internacional.
A polêmica sobre o conteúdo da música israelense no Eurovision se arrastou por semanas depois que muitos na Europa consideraram o título da música originalmente escolhida inapropriado, tendo em vista que a guerra foi iniciada em outubro.
O Kan, no entanto, alegou que a canção não tinha conotação política e limitava-se a expressar sentimentos melancólicos. Diante do impasse, o presidente israelense interveio, aconselhando que os autores da primeira música deveriam desenvolver letras diferentes, mantendo a melodia original.
"Enquanto nossos inimigos tentam nos pressionar e boicotar Israel em todos os eventos, devemos fazer ouvir nossa voz com orgulho, com a cabeça erguida, e agitar nossa bandeira", enfatizou Herzog.
Desta forma, nasceu "Hurricane", que será apresentada pela primeira vez no próximo domingo (10), mas que aparentemente diz respeito a uma jovem que emerge de uma crise pessoal. (ANSA).