Andrés Aguiar, um garibaldino escravizado afrodescendente até agora "esquecido", e de quem foi inaugurado nesta terça-feira (21) em Roma um busto no br/brasil/noticias/viagem_e_turismo/2023/12/28/roma-e-rio-estao-entre-melhores-queimas-de-fogos-do-reveillon_5e178711-0521-48be-a592-01bb0ea5d3c6.html">Gianicolo, está entre as personalidades que dão mais sentido histórico, humano, social e político às relações existentes entre Itália e Uruguai.
A figura de Aguiar, fiel lugar-tenente de Giuseppe Garibaldi, que morreu em 30 de junho de 1849 enquanto defendia a República Romana, foi destacada durante uma cerimônia organizada por Paolo Masini, responsável pela associação Romabpa, que lembrou que esse nome não figurava até hoje no parque onde se encontram os bustos dos homens fiéis ao Herói dos Dois Mundos.
Na ocasião, o embaixador da Itália no Uruguai, Fabrizio Petri, enviou uma mensagem em que destacou que o percurso de vida e de luta de Aguiar é "de fundamental importância para nós italianos", tendo contribuído para a luta pela independência do país e, em geral, pela liberdade dos povos oprimidos.
"Mas olhar com ele para o nosso passado, para a história das relações entre Itália e Uruguai e com toda a América Latina, deve ser também uma inspiração para o futuro do nosso trabalho comum", concluiu.
Presente no evento, o embaixador uruguaio em Roma, Ricardo Varela, declarou à ANSA que "obviamente existe um fundamento histórico no que sempre se repete: metade da população no Uruguai é de origem italiana, ou os 130 mil uruguaios que têm passaporte italiano. Mas se olharmos para o conjunto das relações bilaterais, elas são extremamente saudáveis, porque o passado, o presente e o futuro estão totalmente livres de qualquer problema". (ANSA).
Gianicolo ganha busto de Aguiar, ponte entre Itália e Uruguai
Cerimônia homenageou garibaldino "esquecido"