(ANSA) - O papa Francisco voltou a falar sobre a guerra na Ucrânia neste domingo (27), durante a celebração do Angelus, e afirmou que está "com o coração partido pelo que acontece no país e em outras partes do mundo".
"Silenciem as armas, Deus está com os operadores da paz e não com quem usa a violência", disse, ainda citando os conflitos do Iêmen, da Síria e da Etiópia.
Durante sua fala, o líder da Igreja Católica ainda voltou a fazer um apelo para a defesa dos civis que tentam fugir dos conflitos.
"Eles são irmãos e irmãs pelos quais é urgente abrir corredores humanitários. Eles precisam ser acolhidos. A lógica diabólica [da guerra] se distancia das pessoas comuns que querem a paz. Em cada conflito, são as pessoas comuns as verdadeiras vítimas que pagam em sua própria pele a loucura da guerra", acrescentou.
"Quem ama a paz, como diz a Constituição italiana, repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolução de controvérsias internacionais", pontuou ainda.
A questão ucraniana vem sendo lembrada nas cerimônias e nos eventos do papa Francisco desde novembro do ano passado, quando a tensão começou a aumentar por conta dos exercícios bélicos da Rússia na fronteira com o país.
O Pontífice instituiu duas datas para rezar pela paz para os ucranianos: uma em 26 de janeiro e outra para o próximo 2 de março, dia que a Igreja celebra a quarta-feira de cinzas.
Além disso, Jorge Mario Bergoglio teve uma atitude inédita na última sexta-feira (25) indo pessoalmente à sede da embaixada da Rússia no Vaticano para pedir um cessar-fogo e o cuidado com os mais frágeis. No sábado (26), o líder católico telefonou para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em contato que foi agradecido publicamente pelo mandatário. (ANSA).