Vaticano

'Em nome de Deus, parem esse massacre', diz Papa sobre guerra na Ucrânia

Francisco voltou a pedir o fim da invasão russa durante Angelus

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco fez um apelo emocionado neste domingo (13) implorando o fim da guerra na Ucrânia e denunciando a "barbárie" que está transformando as cidades do país em "cemitérios".

"Em nome de Deus, parem com este massacre", pediu o Pontífice durante a recitação do Angelus, no qual ele dedicou palavras fortes contra a guerra na Ucrânia.

"Diante da barbárie da morte de crianças, de inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas que se mantenham de pé. Há apenas que parar a inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades a cemitérios", acrescentou.

De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos 85 crianças foram mortas e mais de 100 ficaram feridas no país liderado por Volofymyr Zelensky desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

"Com dor no coração, uno à minha voz à das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Que, em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se coloque fim aos bombardeamentos e ataques; que se aponte real e decididamente às negociações e se abram corredores humanitários efetivos e seguros", declarou Francisco.

O argentino ressaltou, principalmente, a situação em Mariupol, uma cidade com cerca de 500 mil habitantes no sudeste da Ucrânia, onde, pelo menos 1,5 mil pessoas perderam a vida durante o conflito.

O Papa rezou "à Virgem Maria" pelo município que "tornou-se uma cidade mártir da guerra atroz que está devastando a Ucrânia".

Perante milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano, Francisco reforçou o apelo ao acolhimento dos refugiados, "nos quais está presente Cristo", e agradeceu pela "grande rede de solidariedade" que se formou.

"Deus é apenas o Deus da paz, não é o Deus da guerra e aqueles que apoiam a violência profanam seu nome", enfatizou.

Por fim, o líder da Igreja Católica convidou todos os fiéis - muitos dos quais carregavam bandeiras da Ucrânia - a rezar em silêncio, por quem "sofre e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz". (ANSA)

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