Vaticano

Papa apela à paz na Ucrânia e recorda 'tragédia humanitária'

Em Malta, Francisco pediu solidariedade com quem sofre na guerra

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco fez um apelo neste domingo (3) à paz na Ucrânia, alertando que uma "tragédia humanitária" está em andamento em um país que sofre bombardeios nesta "guerra sacrílega".

Falando para milhares de pessoas que participaram da missa que celebrou no segundo dia de sua visita a Malta, o Pontífice pediu que não "nos cansemos de rezar e ajudar aqueles que sofrem".

"Rezemos agora pela paz, pensando na tragédia humanitária da martirizada Ucrânia, ainda sob os bombardeamentos desta guerra sacrílega. Não nos cansemos de rezar e ajudar quem sofre", disse, na recitação do ângelus.

Durante a celebração, os fiéis rezaram "pelas vítimas da violência e da guerra", pedindo que as suas lágrimas e o seu sangue abram "uma era de fraternidade e de paz".

Ontem, o líder da Igreja Católica já havia alertado para o risco de o conflito na Ucrânia se tornar "uma guerra fria prolongada que pode sufocar a vida de povos e gerações inteiras".

Além disso, o religioso não descartou uma possível viagem para Kiev, em meio à guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro, e alertou para o agravamento da emergência migratória, com os refugiados da "martirizada Ucrânia", pedindo "respostas amplas e partilhadas".

Francisco iniciou sua visita à ilha de Malta no último sábado, após a viagem ter sido adiada por causa da pandemia de Covid-19. 

Religiosidade -

Francisco também advertiu todos aqueles que falam de Deus, mas depois o nega na prática. "O verme da hipocrisia e o hábito de apontar o dedo podem se infiltrar em nossa religiosidade".

“Há sempre o perigo de não entender Jesus, de ter o seu nome nos lábios, mas de negá-lo de fato. E isso também pode ser feito levantando bandeiras com a cruz”, afirmou ele na homilia da Missa em Malta.

Segundo Jorge Bergoglio, alguns "se colocam como campeões de Deus, mas não percebem que estão pisando em seus irmãos. Na realidade, aqueles que acreditam defender a fé apontando o dedo para os outros também terão uma visão religiosa, mas não esposam o espírito do Evangelho".(ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it