(ANSA) - Uma família de ucranianos e outra de russos vão carregar a cruz que simboliza o calvário de Jesus Cristo na Via Crucis presidida pelo papa Francisco.
Um dos principais ritos da Semana Santa acontece às 21h15 (horário local) da próxima sexta-feira (15), no Coliseu de Roma, após dois anos sendo realizado na Praça São Pedro e com público limitado devido à pandemia de Covid-19.
A Via Crucis é dividida em 14 estações, e em cada uma delas é lida uma meditação por uma ou mais pessoas. Como a Igreja Católica dedica o ano de 2022 às famílias, o Papa decidiu confiar os textos deste ano a núcleos familiares ligados a associações religiosas de voluntariado.
De acordo com o programa divulgado pelo Vaticano nesta segunda-feira (11), a meditação da 13ª estação será lida por uma família da Ucrânia e outra da Rússia, como forma de transmitir uma mensagem de união e paz em meio à guerra entre os dois países.
Essa estação da Via Crucis tem como tema a morte de Jesus na cruz, e o texto buscará lembrar como tudo pode mudar "em poucos segundos". "A existência, os dias, brincar com a neve de inverno, ir buscar os filhos na escola, o trabalho, os abraços, as amizades... tudo. Inesperadamente tudo perde valor", diz a meditação.
Em seguida, o texto fala sobre a falta de vontade de continuar a sonhar e a viver e sobre como a raiva dá lugar à resignação. "Acordamos de manhã e sentimo-nos felizes por alguns segundos, mas logo a seguir pensamos como será difícil reconciliar-nos. Senhor, onde estais? Falai no silêncio da morte e da divisão e ensinai-nos a fazer a paz, a ser irmãos e irmãs, a reconstruir aquilo que as bombas teriam querido aniquilar", acrescenta.
Além dos ucranianos e russos, as estações da Via Crucis do papa Francisco terão meditações lidas por "um casal de jovens esposos, uma família em missão, esposos idosos sem filhos, uma família numerosa, uma família com um filho portador de deficiência, uma família que gere uma casa de acolhimento, uma família com progenitor doente, um casal de avós, uma família adotiva, uma viúva com filhos, uma família com um filho consagrado e uma família que perdeu uma filha".
A 14ª e última meditação será confiada a uma família de migrantes. (ANSA)
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