Vaticano

Vaticano descarta ida do Papa a Kiev neste momento

Francisco disse que só irá se puder contribuir para paz

Papa Francisco durante audiência geral no Vaticano

Redazione Ansa

(ANSA) - O Vaticano descartou a hipótese de organizar uma viagem do papa Francisco à Ucrânia neste momento.

Durante evento na Universidade Católica de Milão nesta quarta-feira (18), o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, disse que o líder da Igreja Católica "não tem intenção" de ir a Kiev agora.

"O arcebispo Paul Richard Gallagher [secretário de Relações com Estados] partiu nesta manhã [para a Ucrânia] e deve retornar domingo. Vamos ver após sua missão o que convém fazer", declarou o "número 2" na hierarquia da Cúria Romana.

No fim de abril, o núncio apostólico do Vaticano na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, já havia dito que seria "muito difícil" organizar uma viagem do Papa a Kiev, e o próprio pontífice disse que só faria a visita se isso contribuísse de forma concreta para a paz.

"De que serviria se o Papa fosse a Kiev e a guerra continuasse no dia seguinte?", afirmou Jorge Bergoglio em entrevista ao jornal La Nación, em abril. Poucos dias depois, ao diário italiano Corriere della Sera, Francisco contou que achava melhor primeiro ir a Moscou se reunir com o presidente Vladimir Putin.

"Seria necessário que o líder do Kremlin abrisse alguma janela. Ainda não tivemos resposta e estamos insistindo, ainda que eu tema que Putin não possa ou não queira fazer esse encontro neste momento", afirmou na ocasião.

Enquanto isso, a Igreja Católica enviou o secretário Gallagher para uma missão na Ucrânia. "A visita vai abrir uma nova página para as relações entre a Ucrânia e a Santa Sé", comentou o embaixador ucraniano no Vaticano, Andrii Yurash.

O papa Francisco também tem sofrido com fortes dores em função de uma lesão de ligamentos no joelho direito e passou a usar uma cadeira de rodas para se locomover.

Apesar disso, ele tem agenda cheia para os próximos meses, com visita prevista ao Líbano, em junho, e viagens confirmadas para República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Canadá, em julho. (ANSA)

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