(ANSA) - O Vaticano divulgou neste sábado (28) o roteiro oficial da viagem apostólica do papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, na África Subsaariana, entre 2 e 7 de julho.
Ao todo, a programação prevê 11 discursos e homilias e uma agenda repleta de compromissos para o pontífice, que vem reclamando de fortes dores no joelho direito devido a uma lesão de ligamentos e passou a usar uma cadeira de rodas para se locomover nas últimas semanas.
Jorge Bergoglio desembarca em Kinshasa, capital do Congo, em 2 de julho e, no mesmo dia, tem encontros com autoridades políticas locais, o corpo diplomático e membros da Companhia de Jesus, ordem da qual ele fazia parte até assumir o comando da Igreja Católica.
No dia seguinte, ainda em Kinshasa, o Papa celebra uma missa em um aeroporto e se reúne com bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas do país. Já em 4 de julho, Francisco visita Goma, cidade situada em uma área conturbada no leste da República Democrática do Congo.
Durante sua passagem por Goma, o pontífice reza uma missa em um campo aberto e se reúne com vítimas da violência nessa parte do país, voltando para Kinshasa de noite.
Em 5 de julho, Francisco se reúne com jovens e catequistas em um estádio da capital do Congo e, logo em seguida, embarca para Juba, capitão do Sudão do Sul. A partir daí, Bergoglio passa a ter a companhia de Justin Welby, líder da Igreja Anglicana e que o ajudou a mediar o processo de paz no país africano.
No dia de sua chegada a Juba, o Papa se encontra com autoridades políticas, da sociedade civil e do corpo diplomático. Em 6 de julho, visita um acampamento para deslocados internos nos arredores da capital sul-sudanesa, se reúne com jesuítas e com representantes da Igreja Católica e celebra uma oração ecumênica.
Já no dia 7, encerra sua quarta viagem pela África com uma missa no Mausoléu John Garang, que homenageia um dos líderes do movimento pela independência do Sudão do Sul.
Histórico
A RDC e o Sudão do Sul são dois dos países mais conflagrados da África e possuem maioria cristã.
Enquanto o Congo é o segundo maior país africano em extensão territorial e há anos sofre com a violência de milícias que disputam seus recursos naturais, o Sudão do Sul conquistou sua independência em 2011 e viveu em conflito durante a maior parte da última década.
O país é governado desde sua separação do Sudão pelo presidente Salva Kiir, que foi alvo de uma rebelião liderada por seu vice, Riek Machar, a partir de 2013.
O Papa se empenhou pessoalmente por um acordo de paz no Sudão do Sul e, em 2019, recebeu Kiir e Machar para um "retiro espiritual" no Vaticano, ocasião em que beijou os pés dos dois líderes. (ANSA)
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