(ANSA) - O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (3) uma delegação de jovens padres das igrejas ortodoxas orientais e afirmou que os cristãos devem ser "testemunhas de paz".
A declaração chega em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, ação militar que conta com o apoio do patriarca ortodoxo de Moscou, Cirilo, fiel aliado do regime de Vladimir Putin.
"Hoje o mundo ainda espera, mesmo que inconscientemente, para conhecer o Evangelho de caridade, liberdade e paz que nós somos chamados para testemunhar uns junto dos outros, não uns contra os outros ou uns longe dos outros", disse o pontífice.
Há cerca de 10 dias, Francisco já havia enviado uma mensagem a Cirilo pedindo "esforços para proteger o valor e a dignidade de cada vida humana".
Desde o início da invasão à Ucrânia, o primaz da Igreja Ortodoxa Russa sempre mostrou alinhamento com o Kremlin e chegou a culpar o Ocidente e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pela guerra.
A postura de Cirilo o afastou do papa Francisco, com quem se encontraria neste mês, em Jerusalém, e provocou críticas do líder católico.
"Não somos clérigos de Estado, não podemos utilizar a linguagem da política, mas sim a de Jesus. Por isso, devemos buscar caminhos de paz, fazer cessar o fogo das armas. O patriarca não pode se transformar no coroinha de Putin", disse o pontífice em entrevista recente ao jornal italiano Corriere della Sera, ao relatar uma conversa por videoconferência com o patriarca. (ANSA)
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