(ANSA) - O papa Francisco se reuniu recentemente com uma delegação da Ucrânia e reiterou seu desejo de visitar Kiev.
A informação é do portal ucraniano de notícias religiosas Risu, que diz que as dores no joelho direito do pontífice são o principal empecilho para a realização da viagem.
De acordo com o site, o encontro ocorreu no último dia 8 de junho e foi intermediado por um amigo do Papa que levou ao Vaticano uma delegação de católicos ucranianos.
Durante a reunião, os visitantes teriam alertado que a sociedade da Ucrânia interpreta algumas decisões e declarações de Francisco sobre a guerra "de modo ambíguo" e pediram para o pontífice apoiar a candidatura do país a membro da União Europeia.
Jorge Bergoglio, por sua vez, teria concordado com a criação de um canal "informal" para se comunicar com a sociedade ucraniana e teria elencado suas ações a favor do país, como a recusa em se reunir com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, em Jerusalém, encontro que estava previsto para este mês.
No início de junho, Bergoglio afirmou que pretende ir à Ucrânia "no momento certo", porém, em maio, a Santa Sé já havia descartado essa hipótese. Além disso, Francisco disse no mês anterior que só faria essa visita se ela contribuísse de forma concreta para a paz.
"De que serviria se o Papa fosse a Kiev e a guerra continuasse no dia seguinte?", afirmou o pontífice em entrevista ao jornal La Nación, em abril. Poucos dias depois, ao diário italiano Corriere della Sera, Francisco contou que achava melhor ir primeiro a Moscou se reunir com o presidente Vladimir Putin.
Na última sexta-feira (10), Bergoglio adiou uma viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, prevista para 2 a 7 de julho, por conta das dores no joelho. O Papa ainda tem uma visita programada para o Canadá no fim do mesmo mês.
"Na minha idade não é tão simples assim partir em missão", disse o pontífice nesta segunda-feira (13), em um encontro com missionários africanos. (ANSA)
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