(ANSA) - O papa Francisco afirmou nesta terça-feira (14) que o trabalho sem horário e salário justos é "escravidão".
Em mensagem pela Jornada Mundial dos Pobres, o líder da Igreja Católica disse que quando a "única lei passa a ser o cálculo do lucro no fim do dia, então deixa de haver qualquer freio na adoção da lógica da exploração das pessoas".
"Os outros não passam de meios. Deixa de haver salário justo, horário justo de trabalho e criam-se novas formas de escravidão, suportada por pessoas que, sem alternativa, devem aceitar este veneno de injustiça a fim de ganhar o mínimo para comer", escreveu o pontífice.
Em seguida, o Papa ressaltou que a "pobreza que mata é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos". "É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias de saída", disse.
Francisco também afirmou que "o problema não está no dinheiro em si", pois é algo que "faz parte da vida diária das pessoas e das relações sociais".
"Devemos refletir, sim, sobre o valor que o dinheiro tem para nós: não pode tornar-se um absoluto, como se fosse o objetivo principal. Um tal apego impede de ver, com realismo, a vida de todos os dias e ofusca o olhar, impedindo de reconhecer as necessidades dos outros. Nada de mais nocivo poderia acontecer a um cristão e a uma comunidade do que ser ofuscados pelo ídolo da riqueza, que acaba por acorrentar a uma visão efémera e falhada da vida", salientou. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it