Vaticano

Não é certo pedir que país atacado renuncie a armas, diz Vaticano

Soldados ucranianos em Bucha, cidade que foi palco de massacres contra população civil durante ocupação russa

Redazione Ansa

(ANSA) - O dono do segundo cargo mais importante na hierarquia do Vaticano afirmou nesta terça-feira (9) que "não é correto" pedir que um país agredido renuncie às armas.

A declaração é mais um sinal de apoio da Santa Sé à Ucrânia, que desde 24 de fevereiro é alvo de uma invasão promovida pela Rússia.

"O desarmamento é a única resposta adequada a tais problemas, como defende o magistério da Igreja. Um desarmamento geral e submetido a controles rigorosos. Neste sentido, não me parece correto pedir ao agredido que renuncie às armas e não pedi-lo antes a quem está atacando", disse o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em entrevista à revista italiana de geopolítica Limes.

Segundo o chefe da diplomacia da Santa Sé, o "catecismo da Igreja Católica prevê a legítima defesa".

"Os povos têm o direito de se defender se forem atacados. Mas essa legítima defesa deve ser exercida sob algumas condições que o próprio catecismo enumera: que todos os outros meios para colocar fim à agressão tenham se demonstrado impraticáveis ou ineficazes, que haja fundadas razões de sucesso e que o uso das armas não provoque desordens mais graves que aquelas a ser eliminadas", acrescentou.

Na mesma entrevista, Parolin disse que o papa Francisco "condenou desde o primeiro instante a agressão russa à Ucrânia" e "nunca colocou no mesmo plano o agressor e o agredido". (ANSA)

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