(ANSA) - O prefeito da Congregação para os Bispos do Vaticano, cardeal Marc Ouellet, negou ter cometido agressões sexuais contra uma ex-funcionária e disse ser alvo de "difamação".
O caso diz respeito a uma ação coletiva movida por dezenas de pessoas contra mais de 80 integrantes da Arquidiocese de Québec, no Canadá. Uma das denunciantes, uma mulher identificada como "F", alega ter sido tocada indevidamente pelo cardeal em várias ocasiões entre 2008 e 2010, quando ele era arcebispo.
Ex-funcionária da arquidiocese, a vítima diz que, em uma dessas situações, o prelado a beijou e "deslizou as mãos" até suas nádegas contra a sua vontade.
"Tendo tomado conhecimento das falsas acusações movidas contra mim pela denunciante, nego com firmeza ter praticado gestos inapropriados contra sua pessoa e considero difamatórias a interpretação e a difusão dessas acusações como agressões sexuais", afirmou Ouellet.
"Se uma investigação civil for aberta, pretendo participar ativamente para que a verdade seja estabelecida e a minha inocência seja reconhecida", acrescentou.
O posicionamento do cardeal chega um dia depois de o papa Francisco ter dito que não há elementos para abrir um processo canônico referente ao caso. As denúncias contra os membros da Arquidiocese de Québec ainda não foram aceitas pela Justiça.
O Papa visitou o Canadá no fim de julho, incluindo Québec, ocasião em que fez repetidos pedidos de desculpas pelos abusos cometidos pela Igreja em antigos internatos católicos para indígenas no país. (ANSA)
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