Vaticano

Em missa, Papa alerta cardeais sobre 'falsa segurança'

Em missa, Papa alerta cardeais sobre 'falsa segurança'

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco celebrou uma missa na Basílica de São Pedro nesta terça-feira (30) e alertou os cardeais nomeados no consistório do último sábado e o restante do Colégio Cardinalício para a "falsa segurança" de sentirem que a Igreja de hoje "é diferente, não é como no início".

"A Palavra de Deus hoje desperta em nós a admiração de estar na Igreja, de ser Igreja! E é isso que torna atraente a comunidade dos crentes, primeiro para si e depois para todos: o duplo mistério de ser abençoado em Cristo e ir com Cristo ao mundo", disse o Pontífice na homilia da celebração que finalizou os dois dias de debate sobre a reforma na Cúria Romana.

De acordo com o argentino, essa admiração "não diminui" nos cardeais com o passar dos anos, "nem diminui com o crescimento das responsabilidades da Igreja".

"A admiração é um caminho de salvação, e que Deus o mantenha sempre vivo, porque nos liberta da tentação de nos sentirmos à altura, de nos sentirmos eminentes, de alimentarmos a falsa segurança de que hoje a Igreja, na realidade, é diferente, a Igreja não é como no início.

"Hoje a Igreja é grande, é sólida, e nos situamos nos graus eminentes da sua hierarquia. Sim, há alguma verdade nisso, mas também há muita decepção, com que o mentiroso tenta mundanizar os seguidores de Cristo e torná-los inofensivos", acrescentou o argentino, alertando para o "mundanismo espiritual".

Jorge Bergoglio questionou ainda todos os fiéis, "cardeais, bispos, sacerdotes, consagrados, o povo de Deus" como está a sua admiração?.

Por fim, fez um apelo para que a partir desta celebração e da convocação dos cardeais todos possam recomeçar, "mais capazes de anunciar as maravilhas do Senhor a todos os povos".

O Papa, devido às dificuldades de locomoção por causa das dores no joelho direito, não entrou na Basílica em procissão com os cardeais, mas presidiu a missa sentado numa poltrona em frente ao altar central da Confissão.

Os atos litúrgicos foram realizados pelo primeiro dos concelebrantes, o cardeal decano Giovanni Battista Re. Cerca de 4,5 mil pessoas estiveram presentes na Basílica de São Pedro.
    (ANSA)

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