(ANSA) - O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, expressou nesta quinta-feira (1º) as preocupações generalizadas sobre uma possível catástrofe nuclear na usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, e fez um apelo contra a escalada de tensão na região controlada pela Rússia.
"O apelo é que se evite qualquer escalada, sabendo quais consequências pode encontrar se houvesse um passo em falso. O apelo é sempre o mesmo: à sabedoria, o apelo à moderação, à busca de soluções pacíficas", disse o religioso em entrevista ao Tg1, principal telejornal da emissora pública Rai e da TV italiana.
A declaração é dada no dia em que a missão de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) iniciou a inspeção da central nuclear de Zaporizhzhia e uma série de novos ataques contra a área da usina foi registrada.
Em relação à delicada posição da Igreja Católica sobre a guerra na Ucrânia, entre a necessidade de invocar a paz e a de distinguir responsabilidades, Parolin explicou que olha para a situação atual "com extrema preocupação".
"Já se passaram seis meses desde esta guerra com todos os rescaldo dos horrores. Estamos sempre disponíveis, no sentido de não fechar a porta a ninguém, tentando oferecer a todos os envolvidos, os protagonistas, a possibilidade de encontrar um terreno neutro para nos encontrarmos e procurarmos uma solução que é, como disse João Paulo I, 'justo e completo'", acrescentou o cardeal.
Eleições-
Sobre as eleições parlamentares do próximo dia 25 de setembro na Itália, Parolin disse acreditar "que uma das soluções para os nossos problemas e para os problemas do mundo, apesar da distinção de posições, é buscar a convergência sobre o que pode ser realmente útil para o país".
"As prioridades de uma boa política são uma política que se coloque ao serviço do país e das necessidades concretas do realmente quais são as necessidades, e são muitas, do nosso povo e tentamos dar respostas concretas, tentando juntar as nossas forças".
Para Parolin, "os católicos, como já dissemos muitas vezes, devem voltar a se posicionar dentro do debate político: que se manifestem e que também sejam levados em consideração".
"Acredito que os católicos por sua história e o conteúdo de suas propostas podem realmente dar respostas efetivas e eficazes aos problemas do país e também a um certo modo de viver a política", concluiu o religioso, dizendo que os católicos poderiam ter uma posição mais autônoma e mais profética". (ANSA)
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