Vaticano

Após ataques, arcebispo de SP diz que vermelho é cor de cardeais

Odilo Scherer ainda afirmou que Brasil vive 'tempos estranhos'

Redazione Ansa

(ANSA) - O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, foi alvo de ataques nas redes sociais após postar uma reflexão sobre se valia a pena brigar por questões políticas e fez uma série de postagens explicando os motivos da cor de sua batina.

Muitos religiosos católicos estão sendo acusados de usar a cor vermelha para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), sem saber sobre a motivação do uso do tom na liturgia da Igreja Católica.

"Se alguém estranha minha roupa vermelha (perfil), saiba que a cor dos cardeais é o vermelho (sangue), simbolizando o amor à Igreja e prontidão ao martírio, se preciso for. Deus abençoe a todos. Mas… ninguém machuque ninguém!", escreveu em seu Twitter neste domingo (19).

Dom Scherer ainda aproveitou para se manifestar sobre a atual situação do Brasil neste momento. "Tempos estranhos esses nossos! Conheço bastante a história. Às vezes, parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários, especialmente o fascismo. É preciso ter muita calma e discernimento nesta hora", postou ainda.

O arcebispo ainda pontua que é "a favor da família, contra o aborto e toda a violência contra a pessoa; não aprovo comunismo nem o fascismo; sou a favor da moral dos mandamentos de Deus".

"Escrevi muitos artigos contra o aborto, colocando claramente minha posição. Escrevo toda semana um artigo no Jornal O São Paulo. Ver no Portal http://arquisp.org desafio alguém encontrar pauta a favor do aborto! Envio muita mensagem p/Twitter. Alguém quer conhecer? Olhe lá. Para ser mais claro: parece-me reviver os tempos da ascensão do fascismo ao poder. E sabemos as consequências…", finalizou.

Os ataques contra membros da Igreja Católica se intensificaram desde a ida do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no dia da padroeira, em 12 de outubro. Grupos de apoiadores do mandatário chegaram a vaiar religiosos durante as orações. (ANSA).
   

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