Vaticano

Papa pede orações por Bento XVI: 'Está muito doente'

Francisco não deu mais detalhes sobre saúde de Ratzinger

Papa Francisco cumprimenta Bento XVI em mosteiro no Vaticano, em 28 de novembro de 2020

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (28) orações dos fiéis para o pontífice emérito Bento XVI, que, segundo as palavras do atual líder católico, está "muito doente".

"Gostaria de pedir a todos vocês uma oração especial para o papa emérito Bento, que está apoiando a Igreja em silêncio", afirmou Jorge Bergoglio ao fim da audiência geral no Vaticano.

"Lembrem-se dele - ele está muito doente -, pedindo ao Senhor que o console, que o apoie neste testemunho de amor à Igreja, até o fim", acrescentou o Papa, sem dar mais detalhes sobre o estado de saúde de Joseph Ratzinger.

Pouco depois, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou um "agravamento" do quadro de saúde de Ratzinger devido "ao avançar da idade", mas salientou que a situação está "sob controle" e que o papa emérito é acompanhado "constantemente pelos médicos".

Fontes ouvidas pela ANSA informaram que as condições de Bento XVI começaram a se agravar nos dias anteriores ao Natal, quando ele apresentou "problemas respiratórios".

Com 95 anos de idade, Ratzinger vive recluso em um mosteiro no Vaticano desde que renunciou ao trono de Pedro, em 2013. Em dezembro de 2020, o cardeal maltês Mario Grech revelou que Bento XVI tinha "dificuldades para se expressar" verbalmente, embora se mantivesse "lúcido e sorridente".

Recentemente, o papa emérito voltou a aparecer no noticiário devido a um relatório independente que apontou "comportamentos errôneos" a respeito de casos de abuso sexual no período em que ele era arcebispo de Munique e Freising, na Alemanha (1977-1982).

O documento serviu de base para uma denúncia de acobertamento apresentada na Justiça alemã por uma vítima do padre pedófilo Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising em 1980, durante a gestão de Ratzinger, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos.

Segundo a ação, Bento XVI tinha "conhecimento da situação e no mínimo não levou em consideração que esse sacerdote pudesse repetir seus crimes". Em novembro passado, um porta-voz do Tribunal de Traunstein, na Baviera, disse que o papa emérito havia manifestado a intenção de se defender de acusação. (ANSA)

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