Vaticano

Viagem do Papa quer favorecer 'reconciliação de todos' no Congo

Núncio ressaltou importância dos africanos na Igreja Católica

Papa Francisco reza antes da viagem ao Congo e ao Sudão do Sul

Redazione Ansa

(ANSA) - O núncio apostólico na República Democrática do Congo (RDC), monsenhor Ettore Balestrero, afirmou que a viagem do papa Francisco ao país, que começa nesta terça-feira (31), vai favorecer a "reconciliação de todos".

Em entrevista à organização Aiuto alla Chiesa Che Soffre (ACS), o religioso abordou a reunião que o líder católico terá com sobreviventes de ataques terroristas que se tornaram comuns nos últimos anos.

"É um encontro que servirá para o Papa manifestar sua proximidade por todos os sofrimentos trazidos pelos ataques ocorridos nos últimos 30 anos e que continuam a ser cotidianos. O Papa quer consolar, condenar esses atentados, pedir perdão a Deus e quer convidar e encorajar todos para a reconciliação - e por isso o tema da visita é "Todos Reconciliados em Cristo", disse o núncio - uma espécie de embaixador da Santa Sé.

Balestrero ainda ressaltou a importância da RDC para a instituição religiosa, ressaltando que o país "é o primeiro africano e o sétimo no mundo com o maior número de católicos".

"Aqui são muito atuais os temas da missão, da evangelização, da vida pastoral, da proximidade das pessoas. Socialmente, o Congo sofre com muita corrupção, há uma alta taxa de pobreza e uma grande necessidade de paz, sobretudo no leste do país. Depois, há os desafios da migração, com 5,5 milhões de deslocados internos e 500 mil refugiados", acrescentou o representante.

O religioso lembrou que a RDC é uma nação formada por muitas pessoas jovens, com mais de 50 milhões de pessoas com menos de 18 anos, e que esse é um país "muito rico em recursos, com muitos minerais fundamentais para a transição ecológica". "O Congo precisa de ajuda, de mais desenvolvimento e de uma consciência democrática em crescimento", pontuou ainda.

A visita do Papa ocorre entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro, com o líder católico permanecendo apenas em Kinshasa por questões de segurança. Depois, até o dia 5, Francisco irá para o Sudão do Sul. (ANSA).
   

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