(ANSA) - O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (8), durante a audiência geral, que a viagem que fez recentemente à República Democrática do Congo (RDC) e ao Sudão do Sul foi a realização de um "sonho".
"Na última semana, visitei dois países africanos [...] e agradeço a Deus que me permitiu fazer essa viagem, que desejava há muito tempo. Dois sonhos: visitar o povo congolês, protetor de um país imenso, pulmão verde da África e segundo do mundo ao lado da Amazônia. Terra rica em recursos, mas ensanguentada por uma guerra que não termina nunca porque é sempre alimentada com fogo", afirmou aos fiéis.
"Visitar o povo sudanês foi uma peregrinação de paz junto ao arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e o moderador geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields. Andamos juntos para testemunhar que é possível e necessário trabalhar na diversidade, especialmente, se você compartilha a fé em Cristo", pontuou ainda.
Ao longo da sua descrição da viagem, o Papa afirmou que a RDC "é como um diamante" tanto por "sua natureza, como por seus recursos e, sobretudo, por sua gente". "Mas, esse diamante tornou-se motivo de disputa, de violência e, paradoxalmente, de empobrecimento do povo", acrescentou, voltando a criticar a exploração do continente africano ao longo dos séculos.
Sobre o Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, lamentou que o "processo de reconciliação não avançou e o recém-nascido é vítima da velha lógica do poder e da rivalidade, que produz guerra, violência, refugiados e deslocados internos".
"Rezemos a Deus para que, na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul, e em toda a África, germinem as sementes do seu Reino de amor, justiça e paz", finalizou. (ANSA).