Vaticano

Papa pede cuidado com saúde no 'Dia Mundial do Doente'

Francisco divulgou mensagem oficial neste sábado

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco divulgou nesta sábado (11) uma mensagem pelo "Dia Mundial do Enfermo", na qual alerta para a necessidade de sensibilizar todos para melhorar os cuidados de saúde.

"Hoje é o Dia Mundial do Enfermo. Como o Bom Samaritano, paremos e cuidemos dos enfermos e sofredores. Que Nossa Senhora de Lourdes abençoe todos os enfermos e aqueles que cuidam deles com amor", escreveu o Pontífice no Twitter.

Em carta oficial, Francisco afirmou que "os anos de pandemia aumentaram nosso sentimento de gratidão por aqueles que trabalham todos os dias pela saúde e pela pesquisa, mas sair de uma tragédia coletiva tão grande honrando os heróis não é suficiente".

De acordo com ele, "a Covid-19 pôs à prova esta grande rede de competências e solidariedade e mostrou os limites estruturais dos sistemas de assistência social existentes".

"Por isso, é necessário que a gratidão seja acompanhada, em cada país, pela busca ativa de estratégias e recursos a fim de serem garantidos a todo o ser humano o acesso aos cuidados médicos e o direito fundamental à saúde", enfatizou.

O argentino ressaltou que "temos medo da vulnerabilidade e a omnipresente cultura do mercado nos leva a negá-la" e, portanto, "não há lugar para a fragilidade. Por isso, quando o mal invade e nos ataca, deixa-nos atordoados no chão".

Ele lembrou ainda que "a doença faz parte da nossa experiência humana. Mas pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo desvelo e a compaixão".

"Ao caminhar juntos, é normal que alguém se sinta mal, tenha de parar pelo cansaço ou por qualquer percalço no percurso. É em tais momentos que se vê como estamos a caminhar: se é verdadeiramente um caminhar juntos, ou se se vai na mesma estrada mas cada um por conta própria, cuidando dos próprios interesses e deixando que os outros se arranjem", acrescentou.

Por fim, Jorge Bergoglio convidou todos a "refletir sobre o fato de podermos aprender, precisamente através da experiência da fragilidade e da doença, a caminhar juntos segundo o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura". (ANSA).
   

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