Vaticano

Papa lamenta condenação de bispo na Nicarágua e pede diálogo

País enfrenta grave crise política em meio à repressão de Ortega

País expulsou 222 presos políticos, incluindo religiosos

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco lamentou neste domingo (12) a condenação a 26 anos de prisão do bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, após se recusar a deixar o país junto com outros sacerdotes e opositores políticos, e fez um apelo pelo "exercício paciente do diálogo" na Nicarágua.

"As notícias que chegam da Nicarágua me entristecem muito. Não posso deixar de recordar com preocupação o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez", declarou o Pontífice após a recitação do Angelus, na Praça São Pedro.

Francisco manifestou ainda sua proximidade com o religioso e com todas as pessoas que foram deportadas para os Estados Unidos.

Na último sexta-feira, um juiz da Nicarágua condenou Álvarez a 26 anos de prisão, um dia depois dele se recusar a embarcar para o território americano com outros 222 presos políticos.

"Rezo por eles e por todos os que sofrem nesta querida nação. Peço as vossas orações", declarou o Papa.

Por fim, Jorge Bergoglio pediu "também ao Senhor, por intercessão da Imaculada Virgem Maria, que abra os corações dos responsáveis políticos e de todos os cidadãos à busca sincera da paz que nasce da verdade, da justiça, da liberdade e do amor".

"Isso se consegue com o paciente exercício do diálogo. Rezemos juntos a Nossa Senhora", concluiu.

A Nicarágua enfrenta uma grave crise política em meio à forte repressão imposta pelo governo de Daniel Ortega. Na última semana, 222 opositores ao mandatário, considerados presos políticos, foram deportados supostamente por "atentarem contra os interesses supremos da nação". (ANSA).
   

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