(ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (13) que não precisa do papa Francisco como possível mediador no conflito com a Rússia.
"Com todo o respeito por Sua Santidade, nós não temos necessidade de mediadores, nós precisamos de uma paz justa", declarou o mandatário em entrevista ao programa "Porta a Porta", da emissora pública italiana Rai.
"Nós convidamos o Papa, como outros líderes, a trabalhar por uma paz justa, mas, antes, precisamos fazer todo o resto", acrescentou Zelensky, ressaltando que "não é possível fazer uma mediação com [Vladimir] Putin". "Nenhum país do mundo pode fazê-lo", destacou.
O presidente também disse não estar disposto a falar com seu homólogo russo e previu que o "apoio interno a Putin vai diminuir" quando a contraofensiva "chegar na fronteira da Crimeia". "Então ele terá de encontrar uma via de saída. Falta pouco", garantiu.
Zelensky também alertou que, se a Ucrânia cair, os próximos alvos de Moscou serão a Moldávia, que abriga uma região separatista pró-Rússia, a Transnístria, e os Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia).
"Talvez Putin não chegue à Itália, mas os Países Bálticos são membros da Otan, e vocês terão de mandar seus filhos para a guerra", afirmou.
A participação de Zelensky no "Porta a Porta" ocorreu após sua sequência de encontros com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e a premiê Giorgia Meloni, em Roma, e o papa Francisco, no Vaticano.
"Foi uma honra para mim encontrar Sua Santidade, mas ele conhece minha posição. A guerra é na Ucrânia, e o plano [de paz] deve ser ucraniano", disse o presidente, ao ser questionado sobre uma suposta iniciativa do Vaticano para solucionar o conflito. (ANSA)
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