(ANSA) - Emanuela Orlandi, cidadã vaticana que desapareceu em junho de 1983, aos 15 anos de idade, estaria em Castel Sant'Angelo, milenar mausoléu romano situado nos arredores da Praça São Pedro, segundo um ex-oficial da Arma dos Carabineiros da Itália.
Em uma carta enviada ao procurador adjunto Stefano Luciani, encarregado de reabrir o inquérito sobre o desaparecimento, o ex-policial Antonio Goglia diz que "restos humanos, incluindo os de Emanuela Orlandi", deveriam estar "no sótão de Castel Sant'Angelo, atrás de uma porta reforçada" que esconderia um "cômodo de cerca de 20 metros quadrados".
"A estrutura deve estar sob a autoridade do município de Roma, portanto não seria difícil preparar uma inspeção", disse o ex-carabineiro. Em entrevista a um site italiano, Goglia alega que os supostos sequestradores da jovem queriam a abolição do celibato para não matá-la.
Procurado pela ANSA, o irmão da desaparecida, Pietro Orlandi, disse que as declarações do ex-policial são "pura loucura". "Como é possível que lhe deem tanta atenção? Eu o conheço há anos, e sempre muda de hipótese", afirmou.
Emanuela Orlandi era filha de um funcionário da Santa Sé e residia dentro dos muros do Vaticano, mas desapareceu enquanto voltava para casa há 40 anos.
Diversas hipóteses foram consideradas nas últimas décadas, desde crime comum até vingança contra seu pai ou contra a Santa Sé.
O filme "A verdade está no céu" (2016), de Roberto Faenza, cogita que Orlandi tenha sido sequestrada por mafiosos e jogada em uma betoneira. Nenhuma das hipóteses, no entanto, foi confirmada pela Justiça.
Em novembro de 2022, o lançamento da série "A Garota Desaparecida do Vaticano", pela Netflix, reacendeu a atenção sobre o caso, e cartazes com o rosto de Orlandi voltaram a aparecer nas ruas de Roma. (ANSA)
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