(ANSA) - O papa Francisco ordenou que o monsenhor Georg Ganswein, ex-secretário pessoal do falecido papa emérito Bento XVI, deixe o Vaticano e retorne para a Alemanha.
Em um breve comunicado divulgado pela Santa Sé nesta quinta-feira (15), o líder da Igreja Católica determina que Ganswein volte, por enquanto, à sua diocese de origem em Freiburg, a partir de 1º de julho.
Ganswein, de 66 anos, não possui uma relação muito boa com o pontífice em virtude de algumas declarações públicas sobre o cotidiano no Vaticano. Além disso, o alemão escreveu um livro no qual menciona atritos entre Francisco e Bento XVI.
O religioso chegou a declarar sua lealdade ao Santo Padre e disse esperar que o Papa ainda confiasse nele, mesmo depois do lançamento do livro "Nothing But The Truth - My Life Beside Benedict 16".
Na obra, o bispo faz críticas veladas a Francisco pela decisão de afastá-lo da prefeitura da Casa Pontifícia em 2020.
Ganswein era o principal assessor do papa emérito desde 2003, quando Joseph Ratzinger, falecido em dezembro passado, aos 95 anos, ainda era cardeal.
A ordem foi comunicada pouco tempo antes de Francisco receber alta do Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, prevista para acontecer amanhã (16). (ANSA).