(ANSA) - Durou 45 minutos a reunião privada entre o papa Francisco e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada nesta quarta-feira (21), no Vaticano.
Esse tempo é o padrão das audiências do pontífice com lideranças políticas internacionais. Segundo comunicado da sala de imprensa da Santa Sé, Lula e Jorge Bergoglio destacaram a "boa colaboração entre a Igreja e o Estado na promoção dos valores morais e do bem comum".
Nas palavras do Papa, o encontro ocorreu em um clima de "muita simpatia e amizade". Ainda de acordo com o Vaticano, houve uma "positiva troca de visões" sobre questões sociopolíticas e temas de "interesse comum, como a promoção da paz e da reconciliação, a luta contra a pobreza e as desigualdades, o respeito às populações indígenas e a proteção do meio ambiente".
O comunicado da Santa Sé não cita nominalmente a guerra na Ucrânia, que, segundo Lula, seria um dos temas da conversa. "Agradeço o papa Francisco pela audiência no Vaticano e a boa conversa sobre a paz no mundo", disse o presidente no Twitter.
Lula presenteou o Papa com uma gravura do artista pernambucano J.F. Borges que retrata a Sagrada Família, enquanto a primeira-dama Janja deu ao líder católico uma estátua de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia.
Já Francisco entregou ao presidente um baixo-relevo em bronze com a frase "A paz é uma flor frágil", mensagem para a Jornada Mundial da Paz deste ano, além de um documento sobre a irmandade humana e um livro sobre a pregação feita por Bergoglio em uma Praça São Pedro vazia em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19.
Lula ainda pediu um rosário para uma irmã ao pontífice, que o atendeu protamente. Durante o encontro, o presidente convidou o Papa para participar do Círio de Nazaré, uma das maiores festas católicas do Brasil e que acontece todo mês de outubro em Belém, no estado amazônico do Pará.
Francisco visitou o Brasil apenas uma vez, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro.
Fotos do encontro mostram um abraço comovido entre o Papa e Lula, que sempre agradeceu ao pontífice por tê-lo encorajado durante os processos da Lava Jato e o período na cadeia.
Essa foi a segunda reunião pessoal entre os dois líderes, que já haviam se encontrado em fevereiro de 2020. Lula ainda se reuniu com o substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Edgar Peña Parra. (ANSA)
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