Vaticano

Artistas são como profetas, diz papa Francisco

Pontífice recebeu quase 200 personalidades na Capela Sistina

Papa Francisco durante audiência geral no Vaticano

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco se reuniu nesta sexta-feira (23), na Capela Sistina, com quase 200 artistas de mais de 30 países.

O encontro ocorreu por ocasião do 50º aniversário de inauguração da coleção de arte moderna e contemporânea dos Museus Vaticanos, também conhecidos como "Museus do Papa".

A audiência reuniu grandes nomes de todos os campos artísticos, como os arquitetos Jean Nouvel e Rem Koolhaas, os cineastas Abel Ferrara, Marco Bellocchio, Alice Rohrwacher e Ferzan Ozpetek, os músicos Ludovico Einaudi e Luciano Ligabue e os escritores Nicolò Ammaniti, Paolo Cognetti, Roberto Saviano e Jhumpa Lahiri.

O músico brasileiro Caetano Veloso também estava entre os convidados, mas, segundo o jornal O Globo, cancelou sua viagem a Roma por causa de uma gripe.

"Agradeço a vocês por terem aceitado meu convite, sua presença me alegra. A Igreja sempre teve uma relação natural e especial com os artistas", disse Francisco em seu discurso.

O Papa também pediu que os artistas "não se esqueçam dos pobres, que são os preferidos de Cristo". "Os pobres também precisam de arte e beleza, alguns experimentam formas duríssimas de privação na vida. Geralmente, não são ouvidos. Vocês podem ser intérpretes de seu grito silencioso", afirmou.

Além disso, ressaltou que os artistas têm a capacidade de "sonhar novas versões do mundo" e são como "profetas que conseguem olhar as coisas com profundidade e distanciamento, como sentinelas que estreitam os olhos para escrutinar o horizonte e compreender a realidade além das aparências".

"Como os profetas bíblicos, vocês se colocam diante de coisas que às vezes incomodam, criticando os falsos mitos de hoje, os novos ídolos, os discursos banais, as armadilhas do consumo e as astúcias do poder", disse Jorge Bergoglio. (ANSA)

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