Vaticano

Macron rebate críticas por confirmar presença em missa do Papa

Francisco visitará Marselha nos dias 22 e 23 de setembro

Macron provocou polêmica no país ao falar que participará de missa

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da França, Emmanuel Macron, rebateu nesta sexta-feira (15) as diversas críticas recebidas após confirmar presença em uma missa do papa Francisco em Marselha, no próximo dia 23 de setembro.

Durante uma viagem a Semur-em-Auxois, no departamento de Côte-d'Or, o líder francês reiterou sua decisão e afirmou que irá à celebração como "presidente" de um país laico, não como um "católico".

"Acredito que o meu lugar é lá. Não irei como católico, irei como presidente da República, que é de fato laica", afirmou ele, acrescentando que não seguirá "nenhuma prática religiosa durante esta missa", como a Eucaristia.

A confirmação da presença de Macron na missa do Pontífice dedicada à situação dos migrantes, que será realizada no estádio Velódrome de Marselha, durante a viagem de dois dias do argentino, provocou uma série de protestos nos últimos dias no país.

Vários parlamentares do partido de oposição "França Isoumise", de Jean-Luc Mélenchon, acusaram Macron de "pisar" no princípio do secularismo e da neutralidade religiosa da República. As declarações, no entanto, foram duramente rejeitadas pelo Palácio do Eliseu.

Macron, inclusive, ressaltou que o Papa tem o posto de chefe de Estado e, portanto, a sua presença não colocará de forma alguma em xeque a neutralidade do país. "O Estado é neutro", enfatizou.

Francisco chegará na França no dia 22 de setembro e a expectativa é de que participe de um diálogo privado com Macron, antes da missa. Além disso, o líder francês também estará com o Santo Padre no encerramento dos Encontros do Mediterrâneo, um fórum que reunirá bispos de quase 30 países e jovens da região. (ANSA).

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